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Prokimenos.
A razão para esta longa preparação dos fiéis para a leitura do Evangelho é que o Evangelho continua a ser um livro "lacrado" e uma "pedra de tropeço" para aqueles entre os fiéis que a Igreja ainda não ensinou o entendimento e a aceitação correta dele.
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Os Santos Padres ensinam que um cristão deve orar primeiro para tirar o máximo proveito espiritual da leitura da Sagrada Escritura. Esta preparação introdutório e orante para a leitura do Evangelho na Vigília tem esse propósito.
Na foto, vemos o Diácono e os Acólitos fazendo uma mesura, direcionada ao sacerdote celebrante, que neste momento se encontra no centro do templo. |
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Nossas orações de preparação para a leitura do Evangelho incluem os seguintes elementos litúrgicos :
Primeiro, o diácono canta: "estejamos atentos, sapiencia". E depois anuncia o prokimenon relevante para a leitura do Evangelho.
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O prokimenon como dissemos anteriormente, é um pequeno trecho das Sagradas Escrituras , normalmente retirado de um dos salmos, que é lido em conjunto com outros versos que complementam o tema do Prokimenon. O diácono entoa o prokimenon e seu verso de acompanhamento, e o coro responde depois de cada uma das falas do diácono.
A doxologia " Louvai o nome do Senhor no Seu Santuário", e os cantos "Que tudo o que respira louve ao Senhor", concluem o Polyeleos com suas palavras festivas de louvor a introdução do Evangelho.
Significado :
Tudo o que tem vida louva o Senhor, o doador da vida. Depois disso, a sabedoria, santidade e benevolência do Senhor, Criador e Redentor de toda a criação é explicada e pregada pela santa Palavra do Evangelho.
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Acólitos iluminam a leitura., já a partir do anuncio do Prokimenon e dos seus versículos. |
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O diácono desce do ambão dizendo em resposta ao coro que acabou de cantar "Louve o Senhor" : "E que Ele (o Senhor ao qual tudo o que respira louva)nos conceda ouvir o Santo Evangelho". No centro da igreja, o Presbitero aguarda para receber o evangeliário.
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O Santo Evangelho
Diz o diácono : "Sabedoria. , escutemos o Santo Evangelho."
Este é um convite para ficarmos tomados de retidão piedade, e respeito espiritual para ouvir a Palavra de Deus.
Como já disse antes, a parte central da Vigília é a leitura do Evangelho. Nela podemos ouvir as vozes dos apóstolos, anunciando a Boa Nova da Ressurreição de Cristo. |
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São onze lições diferentes do Evangelho da Ressurreição , todas falam da Ressurreição do Salvador e de Seu aparecimento para as Mulheres Miróforas e aos discípulos, e são lidas durante todo o ano nas Vigilias Dominicais, celebradas nas igrejas eslavas nas noites de Sábado.
Nas igrejas de tradição grega, a parte das Vigílias denominadas Matinas, é celebrada na manha de Domingo, antecedendo a Divina Liturgia.
Na mão do Presbítero que lê o Evangelho uma vela, como simbolo da presença de Cristo, a Luz que Ilumina o mundo.
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Normalmente essas lições do Evangelho da Ressurreição são lidas do altar, a parte mais importante do templo ortodoxo, que representa o túmulo de nosso Senhor.
Contudo, nos dias de festa, o Evangelho é lido no meio do povo.
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Quando lido no centro da igreja, ele é lido diante de um ícone colocado no centro do Templo, representando o santo ou evento que está sendo comemorado cujo significado o Evangelho proclama.
Na Divina Liturgia, o Leitor pronuncia o Prokimenon e o Diácono lê o Evangelho, normalmente postando o evangeliario sobre um pulpito. Nas Matinas, é o Presbitero quem lê o Evangelho, e o proprio Diácono apoia o evangelirário.
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Ao final da leitura, o Presbítero beija as páginas do evangeliario, enquanto o coro canta : "Glória a Ti Senhor, Glória a Ti !" |
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Após a leitura do Evangelho da Ressurreição, o Evangeliario será ofertado para veneração, enquanto o coro canta :
Tendo contemplado a Ressurreição de Cristo, adoremos o Santo Senhor Jesus,
o Único sem pecado. Ó Cristo, nós veneramos a Tua Cruz, cantamos e
glorificamos a Tua Santa Ressurreição; pois Tu és o nosso Deus e além de Ti, não
conhecemos outro. Vinde, todos os fiéis, veneremos a Santa Ressurreição de Cristo;
pois eis, que pela Cruz, a alegria invadiu todo o mundo/. E, louvando ao Senhor,
cantemos, sem cessar, a Sua Ressurreição, pois, tendo sofrido a Cruz por nós, Ele
destruiu a morte pela morte
Significado :
Quando o Evangelho é lido do Altar, o Presbítero sai do altar com o evangeliário, sendo o Altar como o túmulo, e ao segurar o evangeliario , simboliza o anjo que nos mostra Cristo, que foi anunciado na leitura.
Quando o Evangelho é lido no centro do templo, o Diácono carrega o evangeliario para o ambão. e o eleva para que todo o povo o veja.
Como os discípulos, os paroquianos curvam-se diante do Santo Evangelho, e como as mulheres portadoras de mirra, eles beijam o Evangelho todos cantam : "Tendo contemplado Tua Ressurreição, ó Cristo..."
Tendo sido iniciada no polyeleos, a nossa alegria pelo encontro com as misericórdias de Cristo tem neste momento da vigília o reconhecimento dos fiéis que na pessoa de Jesus Cristo, o Céu desceu à terra. |
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Após o Evangelho ter sido lido e exaltado, o coro canta o salmo 50 e breves hinos relativos a ressurreição. Enquanto isso o Diácono se prepara para ler oração de memória de todos os Santos.
Devemos saudar o Reino Celestial com um espírito de arrependimento. Por esta razão, imediatamente após o canto alegre "Tendo contemplado a Tua Ressurreição, ó Cristo," o Salmo penitencial 50, que começa com as palavras "Tem misericórdia de mim, ó Senhor", é cantado.
Será apenas durante a noite da Santa Páscoa e toda a semana que se lhe segue, que tal salmo é omitido dos oficios divinos.
Significado :
Este Salmo penitencial, "Tem misericórdia de mim, ó Senhor", é concluído com uma oração pela intercessão dos apóstolos, dos santos e da Mãe de Deus.
Então, o verso de abertura do Salmo 50 é repetido: "Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua grande misericórdia, e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões!"
Mais adiante, é com uma mistura da alegria da Ressurreição e do senso de arrependimento que ouvimos o hino :"Jesus, depois de ter ressuscitado dos mortos, como ele previu, nos deu a vida eterna e grande misericórdia."
Este "grande misericórdia", demonstra que Cristo concede a vida eterna para todos aqueles que se arrependem.
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Enquanto diácono realiza leitura, o acólito ja prepara ao fundo a bandeja contendo os óleos para unção dos Sacerdotes e do povo, que vai ocorrer no centro do templo. |
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Oração ao Senhor pela salvação de todos, inclui memória da intercessão orante da Mãe de Deus e de muitos santos citados nominalmente, variando de igreja local para igreja local, de modo que , por exemplo, em uma paróquia romena, santos romenos vão ser especialmente lembrados, em paroquias gregas santos gregos, em paroquias sérvias santos servios e assim o mesmo se dará em todas as paroquias. Contudo, os santos especialmente comemorados em cada jurisdição, são igualmente santos veneráveis e venerados em todas as demais jurisdições. |
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Após leitura de comemoração de todos os Santos, diácono e auxiliares se curvam perante ao celebrante que permanece no centro do templo. Terá inicio unção. |
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O coro da inicio ao canto do Cânone das nove odes. Enquanto primeiras odes são cantadas, se dá unção de sacerdotes e leigos. |
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O sacerdote que encabeça a celebração recebe do acólito o óleo, com o qual vai se ungir e posteriormente ungir todos os demais. |
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O Presbítero beija o evangeliário (que permaneceu no centro do templo após a leitura do Evangelho) e se unge. |
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Se outros presbíteros concelebram, eles vão realizar os mesmos passos após o Presbítero que encabeça a celebração. |
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Os Presbíteros concelebrantes se cumprimentam com um beijo mútuo em suas mãos direitas, e cada um deles vai se ungir. |
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O Diácono será ungido após os presbíteros, mas ao contrário desses, ele recebe a unção do presbítero que encabeça a celebração. |
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Os acólitos precedem os demais leigos na recepção da unção. De maneira geral, aqueles que estão vestindo paramentos(que caracteriza a participação ativa na celebração litúrgica), precedem os demais. |
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A unção na Vigília Dominical era primeiramente reservada para as Grandes Festas, conectada com a benção dos óleos própria do oficio da Benção dos Pães (que ocorre ao final das Vésperas, quando das Grandes Festas).
Ao longo do tempo., a prática se estendeu para as Matinas de cada Domingo. |
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Em paróquias pequenas, com poucos fiéis presentes no oficio de Matinas, a unção é rapidamente concluída, de modo que antes da conclusão das primeiras odes do Cânone tudo já foi concluído. Em catedrais ou mesmo em paróquias com muitos paroquianos, a unção dos fieis pode se estender por muito tempo. |
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É um momento tradicionalmente aceito como apropriado para oferta dos fieis. Não apenas dinheiro, mas também vinho e azeite podem ser oferecidos, como uma doação dos fieis para igreja. |
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Ainda que não seja algo prescrito, a prática piedosa dos fiéis é beijar a mão direita do sacerdote após receber a unção. |
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O Cânone
Segundo a Igreja, a ressurreição de Cristo ilumina a natureza de qualquer pessoa que se une a Cristo. Este ensino é demonstrado na parte móvel da vigília conhecida como cânones.
Como o milagre da Ressurreição de Jesus Cristo ilumina a natureza humana, no cânone a Igreja mostra aos fieis como se dá esta iluminação.
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Na prática contemporânea, o cânone é composto por nove odes ou cânticos Cada uma dessas odes do cânone consiste de um número específico de tropários individuais.
Cada tema tem um cânone específico : A Santíssima Trindade, ou um evento a partir do Evangelho, ou a partir da história da Igreja, orações a Deípara, ou odes ao santo comemorado naquele dia.
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O cânones de domingo celebram a Ressurreição de Cristo e a iluminação que se seguiu de todo o mundo, a vitória sobre o pecado e a morte.
Os Cânones festivos iluminam em detalhes o significado da festa e da vida do santo, como uma modelo da transfiguração do mundo que já está ocorrendo.
A Igreja, em alguma medida celebra a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte na contemplação da luz desta transfiguração refletido nos cânones.
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Após a terceira, sexta e nona Ode do Cânone, o Diácono recita uma pequena litania. |
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Ao fim da última unção, o Presbítero, sendo precedido por acólitos com velas, retira o evangeliario do centro do templo. |
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Com o evangeliário nas mãos, o Presbítero abençoa o povo. O povo em resposta se inclina. Após a entrada do Sacerdote com o evangeliário, as Portas Reais são fechadas. Mas as cortinas permanecem abertas. |
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Após o término da Oitava Ode do Cânone, se dará o Cântico de Magnificação da Mãe de Deus. Já durante a Sétima Ode, o Diácono recebe benção para dar inicio a incensação do Santuário. |
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O Diácono então incensa a Mesa Santa e todos os lados do Santuário.
Na tradição grega, com a Matinas sendo realizada na manhã de Domingo, o oficio da Prótese (Proskomedia), que consiste na preparação dos Santos Vasos e dons oferecidos, é realizado durante a leitura do Cânone. A incensão do templo, que é realizada antes do inicio da Divina Liturgia, é então feita neste momento, quando da prática grega. |
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O Diácono sai pela porta diaconal, incensa as Portas Reais, o ícone do Cristo e os demais ícones a direita como de costume. Ao retornar diante do ícone da Mãe de Deus do iconostásio, o Diácono exalta, levantando o turíbulo : "Para a Deípara e Mãe da Luz, Cantemos louvores !" |
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"Minha alma engradece ao Senhor e meu espirito exulta em Deus meu Salvador" Canta o coro, expressando as palavras da Santíssima Deípara, no primeiro dos seis versículos do Canto de Magnificação. |
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Ao fim de cada versículo, o coro canta : "Mais venerável que os Querubins, incomparavelmente mais gloriosa que os Serafins, desta a luz ao Verbo de Deus, conservando intacta a Tua virgindade, nós te magnificamos ó Mãe de Deus".
Durante toda a Magnificação o Diácono incensa todo o templo e os fiéis.Em seguida, o tropario da ode final do cânone é lido e, pela última vez, na Vigília, ouvimos a Pequena Litania, " De novo e novamente em paz, oremos ao Senhor."
Após esta última Pequena Litania e da doxologia do Presbitero, o Diácono exclama: "Santo é o nosso Deus", e esta frase é, então, repetida três vezes pelo coro.
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A Grande Doxologia
Nos monastérios , onde a vigília realmente dura toda a noite, o sol se levanta durante a segunda metade da Vigília.
Neste ponto, o Senhor, o Doador da Luz, é louvado através de um hino cristão muito especial denominado Grande Doxologia, que começa com as palavras: "Glória a Deus nas alturas, e paz na terra".
Mas antes disso, o Presbítero através das Portas Reais abertas, do altar diante da Santa Mesa exclama: "Glória a ti, que no fizeste ver a luz." |
Glória a Deus nas alturas e Paz na terra, e boa vontade
entre os homens! Nós
Te louvamos, nós Te bendizemos, nós Te adoramos, nós Te
glorificamos e nós Te
damos graças pela Tua imensa glória!
Senhor Rei dos Céus, Deus Pai Todo Poderoso, Senhor Filho Único Jesus Cristo e
Espírito Santo; Senhor Deus,Cordeiro de Deus, Filho do Pai
que tiras o pecado do
mundo, tem piedade de nós. Tu que tiras o pecado do mundo
acolhe a nossa súplica. Tu
que estás sentado à direita de Deus Pai, tem piedade de nós!
Só Tu és o Santo, só Tu és o Senhor, Jesus Cristo, para a glória de Deus Pai.
Amém!
Cada dia Te bendirei e cantarei eternamente o Teu Nome
glorioso!
Digna-Te, Senhor, neste dia guarda-nos sem pecado. Tu és
Bendito, Senhor, Deus de
nossos Pais e Teu Nome é louvado e glorificado eternamente.
Amém! Senhor,
que a Tua Misericórdia esteja sobre nós segundo a esperança
que depositamos em Ti! Tu és Bendito, Senhor! Ensina-me os Teus Mandamentos!
(3x)
Senhor, Tu és o nosso refúgio de geração em geração, eu
disse, Senhor, tem piedade de
mim. cura a minha alma porque pequei contra Ti! Eu me
refugio em Ti,
Ensina-me a fazer a Tua vontade pois Tu és o meu Deus.
Pois em Ti está a Fonte de Vida e é na Tua Luz que vemos a
Luz!
Concede a Tua Misericórdia aqueles que Te conhecem!
Santo Deus, Santo Forte, Santo Imortal, tem piedade de nós
(3x)
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, agora e sempre
e pelos séculos dos séculos.
Amém!
Santo imortal tem piedade de nós! Santo Deus, Santo Forte,
Santo Imortal, tem
piedade de nós.
Na tradição grega, as Matinas realizadas na manhã de Domingo, vão ser finalizadas ao fim da Grande Doxologia, tendo então o imediato inicio da Divina Liturgia.
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Aos Domingos(Sábados a noite) e festas depois da Doxologia se lê tropários
especiais conforme o dia e o tom da semana.
Tons ímpares:
Hoje a salvação veio para o mundo; cantemos para Ele que ressuscitou do
túmulo, e é o Autor de nossa vida. Pois tendo destruído a morte pela morte, Ele
deu à nós vitória e grande misericórdia.
Tons Pares:
Tendo ressuscitado do túmulo, e tendo
explodido as ataduras do Hades, Tu destruíste a sentença da morte, ó Senhor,
livrando todos das armadilhas do inimigo.
Manifestando -Se para Teus Apóstolos, Tu
os enviaste para pregar, e através deles Tu
concedeste Tua paz para o mundo, ó Tu Que és o único pleno em misericórdia.
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Na Vigília em uma paróquia o Oficio das Matinas é concluido com as Litanias Fervorosas e de Súplica , as mesmas que foram lidas no início da Vigília, durante as Vésperas. |
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Eles são seguidos por uma doxologia do sacerdote e pela despedida.
O sacerdote se dirige a Mãe de Deus, com a oração:
"Ó Santíssima Deípara, salva-nos!"
O coro responde com uma magnificação da Deípara: "mais venerável que os Querubins e incomparavelmente mais gloriosa que os serafins".
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Depois disso, o sacerdote novamente glorifica o Senhor Jesus Cristo com a doxologia: "Glória a Ti, ó Cristo Deus, nossa esperança, glória a Ti".
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O Coro responde com "Glória, e agora e sempre", mostrando, assim, que a glória de Cristo é também a glória da Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
E assim termina a Vigília como começou, com uma glorificação a Santíssima Trindade |
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Após benção, Portas Reais são fechadas e desta vez a cortina é cerrada, e só será novamente aberta quando do inicio da Divina Liturgia. As luzes são apagadas. |
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Enquanto o Leitor está no centro do templo lendo as Horas, o Diácono ainda paramentado zela pela proteção dos objetos sagrados da Mesa Santa e já prepara a Mesa da Prótese, no qual vão estar primeiramente os Santos Vasos (Cálice e Patena) e os Dons oferecidos (o pão e o vinho abençoados). |
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As Horas
Após a bênção final do Presbítero, a Primeira Hora e parte final da Vigília é lida.
Significado :
Como já observado, a idéia primária, expressa nas Matinas é a realização da plena alegria pelos fiéis que se unem a Cristo, pois vão ser salvos e ressuscitados juntos para estar com Ele.
Segundo a Igreja, só podemos alcançar a união com Cristo conservando uma atitude de humildade e reconhecimento da nossa indignidade.
Por esta razão, a vigília não acaba com o serviço festivo e alegre das Matinas, mas sim com a primeira hora, um serviço criado para expressar humilde, arrependimento e o esforço para buscar Deus.
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O ciclo diário de serviços da Igreja Ortodoxa inclui três horas, além da primeira hora.
As Horas Terceira e Sexta são lidas antes do início da Divina Liturgia, e à hora nona é lida antes do início das Vésperas.
Formalmente, as Horas contem seleções de textos pertinentes a cada determinado momento do dia.
No entanto, cada hora tem também um significado distinto místico e espiritual, pois cada uma delas comemora uma passagem da Paixão de Cristo.
O serviço da leitura das Horas institui então um estado de séria concentração , trazendo a marca da Grande Quaresma e da Paixão.
Uma característica das Horas, que mostra o seu parentesco com os serviços da Grande Quaresma é que a leitura tem precedência sobre os cânticos.
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Após a oração da Primeira Hora, o sacerdote sai do altar.
Ele está vestido com humildade, vestindo um epitrachelion apenas, sem seus mais brilhantes paramentos exteriores.
O templo está na semi-escuridão.
Neste cenário, o sacerdote conclui a primeira hora, e com ela a vigília, com uma oração em que ele glorifica a Cristo como a luz verdadeira, que ilumina e santifica todo homem que vem a este mundo.
Virando-se para o ícone da Mãe de Deus, ele comemora sua ultima oração. O coro responde com um hino festivo retirado do Akatiste da Anunciação da Deípara.
Na prática grega, as Matinas sendo encerradas quando ao fim da Grande Doxologia, não ha a leitura das Horas como elemento de ligação entre as Matinas e a Divina Liturgia.
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Notas deste artigo foram retiradas das exposições combinadas dos comentários catequéticos sobre a Vigília de autoria do Rev.Arcipreste Victor Potapov, os comentários do Rev.Presbitero Constantino Parkhomenko e do Diácono Marcelo(Paiva) sobre a vivencia litúrgica da Paróquia Santa Mártir Zenaide.
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